Nesta sexta-feira (10), o Fortaleza enviou um requerimento à FIFA solicitando a suspensão do transfer ban, aplicado pela entidade máxima do futebol, até que ocorra um novo julgamento do “Caso Juan Martín Lucero” no Corte Arbitral do Esporte. A análise desse pedido está programada para ser concluída até o início da primeira janela de transferências do futebol brasileiro em 2024, marcada para abrir em 11 de janeiro.
A defesa principal apresentada pelo departamento jurídico tricolor no pedido de liberação argumenta que, como o Fortaleza pode ser absolvido pelo CAS (o clube apresentará documentação e argumentos para buscar esse resultado), a imposição de um transfer ban neste momento resultaria em uma punição sem a realização de um novo julgamento.
Nesse novo julgamento, o Fortaleza poderia não ser considerado culpado, invalidando assim a punição. Além disso, não há uma previsão definitiva para a audiência na Corte Arbitral do Esporte, sendo mais provável que ocorra apenas no segundo semestre de 2024.
Além do papel desempenhado pelo departamento jurídico do clube, o Fortaleza também está contando com uma assessoria externa para lidar com o caso Lucero. A diretoria do time está confiante quanto às chances de recuperar o direito de contratar novos jogadores durante o mercado de transferências do próximo ano.
O contexto do “Caso Lucero” iniciou em abril deste ano, quando o Colo-Colo, equipe chilena onde Lucero atuava, acionou a FIFA contra o Fortaleza e o atacante argentino. Alegações dos chilenos indicam que a diretoria do Fortaleza teria convencido Lucero a rescindir com o Colo-Colo para assinar com o Fortaleza, mesmo sem cláusula contratual prevendo tal situação.
O Colo-Colo solicitou à FIFA que Lucero fosse impedido de trocar de time por três meses, pediu um ressarcimento de cerca de R$ 10 milhões e requereu que o atacante ficasse afastado dos gramados por quatro meses.
A punição atual, imposta pela FIFA em 8 de agosto, não abrange situações de atletas que já fazem parte do elenco tricolor e que serão adquiridos em definitivo pelo clube, como nos casos do volante Caio Alexandre e, possivelmente, do meia Yago Pikachu.
Em 17 de agosto, o departamento jurídico do Fortaleza obteve um efeito suspensivo para o atacante Juan Martín Lucero, que inicialmente ficaria suspenso por quatro meses. Naquela ocasião, o clube não buscou a suspensão do transfer ban por entender que não era o momento mais propício para fazê-lo.