Justiça congela dinheiro a ser recebido pelo Ceará

A 33ª Vara Cível do Poder Judiciário do Estado do Ceará concedeu nesta terça-feira, 30, a decisão liminar para bloquear 40% do montante correspondente à segunda parcela da transação envolvendo a aquisição do zagueiro Marcos Victor pelo Bahia junto ao Ceará, devido à ausência de repasse da porcentagem devida ao Floresta. O clube da Vila Manoel Sátiro ingressou com uma ação judicial para assegurar o recebimento do valor, buscando a quantia de R$ 1,8 milhão do Ceará.

A primeira parcela referente à compra de Marcos Victor foi efetuada pelo Bahia em 31 de janeiro de 2023, e a segunda está programada para ser quitada nesta quarta-feira, 31. O montante total da transação foi de R$ 4,4 milhões para o clube baiano, e o Floresta detém 40% desse total, equivalente a cerca de R$ 1,8 milhão. Dessa quantia, 40% será bloqueada (R$ 880 mil) do valor que o Ceará receberá na quarta-feira, totalizando R$ 2,2 milhões para o clube.

Atualmente, o Floresta está se organizando para iniciar um processo principal com o intuito de receber o montante integral acrescido de juros. Questionado pela reportagem, o Departamento Jurídico do Ceará informou que o clube ainda não foi notificado sobre a decisão.

Fundo do poço! Ceará tem dívidas milionárias com ex-jogadores

Após os episódios de atraso salarial que envolveram Chrystian Barletta, Zé Roberto e o Floresta, o presidente do Ceará, João Paulo Silva, revelou, em entrevista ao programa Trem Bala, do Grupo O Povo de Comunicação, a existência de mais três jogadores associados a dívidas do clube. O dirigente alvinegro mencionou que há pendências financeiras com o volante Zé Ricardo e o atacante Nicolas, que fizeram parte do elenco no ano anterior, além do meia Vina, integrante do grupo de 2022.

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O pronunciamento, realizado na terça-feira passada, destacou que ainda persistem débitos com jogadores dos elencos de 2022 e 2023. Essa revelação acrescenta mais complexidade à situação financeira do clube, evidenciando desafios contínuos na gestão de pagamentos e relações contratuais. O Ceará agora enfrenta o desafio de buscar soluções para regularizar essas pendências e manter a estabilidade interna.

“Com o Nicolas, nós estabelecemos um parcelamento e ainda temos alguns valores para acertar com ele. Isso é um fato, e o mesmo se aplica ao Zé Ricardo. Temos um passivo em aberto também com o Vina. Apesar de ter sido feito um parcelamento com ele, infelizmente, ainda não conseguimos regularizar completamente”, afirmou João Paulo.