Quase uma semana após o ataque ao ônibus do Fortaleza por torcedores do Sport, que fez seis jogadores do Leão do Pici serem levados para o hospital, o presidente do clube pernambucano, Yuri Romão, deu uma entrevista em que falou sobre o assunto.
Romão voltou a eximir a culpa do clube pernambucano em relação ao atentado sofrido pela delegação do Fortaleza na última quarta-feira, após a partida entre as equipes pela Copa do Nordeste, e falou sobre medidas que serão tomadas contra aqueles que cometeram tais atos.
Presidente do Sport fala sobre punição para torcedores envolvidos em ataque ao ônibus do Fortaleza
Em entrevista à Rádio Jornal, o mandatário do Sport reforçou que a violência no futebol é um “problema nacional”, e prometeu tomar medidas contra quem ele descreveu como a “torcida mais violenta” do clube.
“Desde quinta-feira eu reuni toda a diretoria para elaborar um plano de ação para começar a coibir determinadas situações. Obviamente, focando na torcida mais violenta que temos aqui no nosso clube. Estamos seguindo alguns ritos que precisam ser feitos, inclusive oficiando a Secretaria de Defesa Social, o Ministério Público, o Comando Geral da Polícia Militar e a Polícia Civil. […] Não divulgamos ainda pois não queríamos que esses órgãos do poder público soubessem através da imprensa as decisões que estamos tomando. Já foram oficiadas aos órgãos citados e tão logo quando derem o recebido, iremos divulgar”, revelou Romão.
Ainda segundo o dirigente, o ocorrido com o Fortaleza não foi um caso desportivo, mas sim de segurança pública, e relembrou que deu toda a assistência possível ao clube cearense e aos jogadores feridos, inclusive pagando exames feitos no hospital:
“O que houve com a delegação do Fortaleza na quarta-feira de noite, não é um problema desportivo. É um problema de segurança pública. Uma delegação há oito quilômetros do estádio é atacada por uma torcida organizada, mesmo o ônibus sendo acompanhado por policiais militares. Aquelas pessoas estavam ali com o intuito de fazer um ato terrorista. Eu estive com a delegação do Fortaleza a noite toda, até às cinco e meia da manhã. Fiquei até o final. Nós que fizemos o pagamento dos exames de tomografia, porque o plano de saúde dos atletas não estava autorizando. Mas não deixei de prestar esse serviço ao Fortaleza e aos atletas […] Eu acho que tem que ser uma ação integrada dos clubes, poder público e CBF. O problema não é em Pernambuco. O problema é nacional”, explicou.
Por fim, ainda sobre a operação do jogo, o presidente do Sport reforçou que “tudo que era necessário ser feito, foi feito:
“A Polícia Militar colocou 572 policiais militares para a operação de jogo. A delegação (do Fortaleza) foi acompanhada por oito policiais militares. Quatro motos e duas viaturas de quatro rodas. Tudo que era necessário ser feito, foi feito. Tanto é que, o juizado, e isso foi dito, inclusive, na reunião da última sexta, foi dito claramente que tudo que foi providenciado inibiu qualquer problema dentro do estádio ou em sua circunvizinhança. […] Nós não temos poder de polícia. O clube não tem câmera espalhada pela cidade toda. O que o Sport precisava fazer mais para atenuar esse problema? Eu não sei”, comentou.