Na madrugada da última quinta-feira (22), o ônibus do Fortaleza foi atacado por torcedores do Sport após ser emboscado, logo depois de deixar a Arena Pernambuco, onde as duas equipes empataram por 1 a 1 em jogo válido pela quarta rodada da Copa do Nordeste.
Após o ataque, que aconteceu com pedras e até uma bomba caseira, o cenário deixado para trás parecia o de uma guerra: janelas quebradas, estilhaços espalhados pelo veículo e sangue por toda a parte. Seis jogadores (Titi, Brítez, João Ricardo, Sasha, Dudu e Gonzalo Escobar) ficaram feridos e tiveram que ser hospitalizados.
E esse episódio não é o único ocorrido no Brasil durante os últimos anos. Num passado nem tão distante assim, a delegação do Bahia sofreu algo muito parecido, mas por parte da sua própria torcida. E um dos jogadores da equipe baiana entende perfeitamente o que os jogadores do Leão do pici estão passando.
Danilo Fernandes dá declaração forte sobre atentado ao ônibus do Fortaleza
O goleiro Danilo Fernandes lamentou o ocorrido com o Fortaleza, e relembrou que mesmo dois anos depois, ninguém foi punido pelo atentado ao ônibus do Bahia, que aconteceu em fevereiro de 2022, e deixou, entre os feridos, o próprio goleiro, que ficou com ferimentos no rosto e correu o risco de perder a visão.
“Infelizmente e coincidentemente, dois anos depois do meu episódio, os jogadores do Fortaleza sofreram um atentado, assim como o meu caso. Isso é uma tentativa de homicídio e infelizmente não acontece nada com esses bandidos que se dizem torcedores. Se qualquer um fizer uma bomba caseira e jogar num automóvel ou em qualquer outro lugar que seja, vai ser preso. E a gente entende porque esses bandidos não são presos. Todo jogo que eu vou, e que agora os jogadores do Fortaleza e do Sport também, esses bandidos estão na arquibancada. E você está a 20, 30 metros do cara que tentou te matar. No meu caso, se passaram dois anos e não aconteceu nada”, afirmou Danilo Fernandes.
Sobre a responsabilização do atentado ao ônibus do Fortaleza, a polícia pernambucana informou que cerca de 100 pessoas participaram do ataque, e que muitos deles já foram identificados, mas ninguém foi preso.