Na madrugada da última quinta-feira (22), o ônibus em que estava a delegação do Fortaleza foi emboscado e atacado por torcedores do Sport, logo após deixar a Arena Pernambuco, onde as duas equipes empataram por 1 a 1, em jogo válido pela quarta rodada da Copa do Nordeste.
O ataque, que aconteceu com pedras e até uma bomba caseira, deixou para trás um cenário que parecia de guerra: janelas quebradas, estilhaços espalhados e sangue por toda a parte. Seis jogadores (Titi, Brítez, João Ricardo, Sasha, Dudu e Gonzalo Escobar) ficaram feridos e tiveram que ser hospitalizados.
Jovem se apresenta para a polícia por envolvimento em atentado ao ônibus do Fortaleza
E ontem (26), um jovem de 19 anos se apresentou na Coordenação de Operações e Recursos Especiais da Polícia Civil de Pernambuco para assumir a autoria de uma das pedradas que atingiu o ônibus do Fortaleza.
Em depoimento de cerca de 40 minutos, acompanhado por um advogado, o homem relatou que teria entrado em um ônibus fretado por outros torcedores pela ausência de transporte coletivo após o empate entre os times. No trajeto para casa, o veículo teria parado para prestar auxílio a um outro ônibus, de torcida organizada, que estaria com defeito e, enquanto recebia ajuda, teria sido avisada que um veículo de grupo rival estaria se aproximando deles.
Com a informação, o grupo teria se munido de pedras e, quando o ônibus se aproximou, foi atingido. Contudo, se tratava da delegação do Fortaleza e não de uma torcida organizada.
Em entrevista à TV Jornal, o advogado do rapaz negou a ligação do homem com a Torcida Jovem do Sport, apesar de confirmar que ele estaria vestido com a camisa do grupo e teria preferência por assistir jogos no setor onde o grupo se localiza. Após depor, ele foi liberado pela Polícia.