As coisas não andam nada bem pelos lados do rival do Fortaleza. Imerso em uma crise generalizada, o Ceará ganhou mais um motivo para se preocupar no fim de semana: a renúncia do presidente do Conselho Deliberativo, que escancarou de vez a situação conturbada do clube.
Ao entregar o cargo, José Barreto Filho explicou o motivo da decisão após um ano e quatro meses de trabalho. Segundo ele, o objetivo era tentar a unificação do conselho, o que não foi possível em razão de mal-entendidos e boicotes. Diante desse cenário, o mandatário optou por deixar a função.
A renúncia de José Barreto escancara o racha político que marca o atual momento do Alvinegro de Porangabuçu. Seguindo a cartilha das crises que acometem os clubes brasileiros, os conflitos políticos afetam as partes administrativa e financeira, e, consequentemente, o campo de jogo.
Mas quem certamente não tem absolutamente nada a ver com essa história e assiste à derrocada do rival é o torcedor do Leão do Pici. Afinal, o Tricolor está em outro patamar e a queda alvinegra é mais um motivo de celebração para o lado vermelho, azul e branco do Clássico-Rei.
Crise política no Ceará afeta resultados em campo
O título do Campeonato Cearense, em certa medida, conseguiu amenizar o cenário caótico no qual se encontra o Alvinegro. Contudo, passada a conquista, o pontapé inicial nos torneios nacionais mostrou a realidade na qual o rival do Leão está inserido.
Nem mesmo nas finais do estadual a equipe de Vagner Mancini conseguiu vencer. Foram dois empates e um triunfo nas penalidades. Ao todo, são seis partidas sem vencer, contando com os dois clássicos em pouco mais de um mês.
Nesse período, teve a derrota para o Sport, que resultou na eliminação na Copa do Nordeste, dois jogos sem vencer na Série B e a derrota na ida da terceira fase da Copa do Brasil para o CRB. E o pior ainda pode estar por vir para o Ceará.