Na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro, quatro clubes, Vitória, Juventude, Atlético-GO e Sport, receberam adiantamentos de receitas futuras da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Enquanto os três primeiros garantiram o acesso à Série A em 2024, o Sport, mesmo com o aporte financeiro, não conseguiu a promoção.
O Sport recebeu um adiantamento significativo de R$ 1,5 milhão no dia 27 de setembro, conforme documentado em uma carta enviada pela equipe pernambucana à entidade. Ao final da Série B, o clube ocupou a 7ª posição, ficando fora das vagas de acesso.
O presidente do Sport, Yuri Romão, afirmou que examinaria se o montante recebido se tratava de adiantamento ou de cotas referentes a 2023, às quais o clube teria direito. No entanto, não foram fornecidas mais explicações até o momento.
Cabe ressaltar que, em teoria, o Código de Ética da CBF proíbe a prática de adiantar valores aos clubes, visando preservar a integridade do equilíbrio competitivo e garantir o tratamento igualitário aos clubes, federações e ligas.
O artigo 20 do código explicita essa proibição, alertando para o risco de desequilíbrio nos torneios. O episódio levanta questionamentos sobre as práticas financeiras na gestão das competições nacionais de futebol.
Entretanto, o “Parágrafo Único” da mencionada disposição estipula que “em situações excepcionais, a concessão pode ser autorizada”, contanto que seja aprovada pela diretoria da CBF e que sejam estabelecidas “obrigações, condições, garantias e possíveis contrapartidas”.
“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) hoje respeita rigorosamente seus compromissos e todas as normativas de legalidade e de probidade, bem como é fiel observadora de todas as boas práticas de governança corporativa, de compliance e de integridade”, publicou a CBF em nota.