O Ceará vem passando por uma grave crise, que não inclui só resultados abaixo do esperado dentro de campo (como a modesta 11ª colocação na Série B do Brasileirão em 2023), mas também com polêmicas fora das quatro linhas.
O clube conta com um volume de dívidas bastante exacerbado, e isso vem impedindo o Ceará de cumprir com suas obrigações contratuais em alguns casos. Contudo, os jogadores não tem nada a ver com isso, e estão no direito de cobrar o time para receber por seus serviços prestados… Inclusive na justiça, se necessário.
Zé Roberto consegue rescisão de contrato com o Ceará na justiça
E foi justamente assim que o atacante Zé Roberto conseguiu, na Justiça, a rescisão de seu contrato com o Ceará. O atleta, que está emprestado ao Sport, tinha vínculo com o Ceará até o final de 2024.
Zé Roberto entrou com uma ação na Justiça cobrando valores referentes a salários, férias, 13º, 3 meses de FGTS e direito de imagens. E segundo o Jornal O Povo, na última terça-feira (05), a Juíza do Trabalho Substituta, Joana Maria Sá de Alencar, decidiu que o Ceará deveria promover a rescisão no BID da CBF para que o atleta possa firmar novo contrato de trabalho em outra agremiação. Assim, Zé Roberto terá o contrato de empréstimo com o Sport cancelado e poderá fazer outro de forma definitiva.
No próximo dia 1º de abril, vai haver uma audiência entre a defesa do atleta e o clube. No entanto, o advogado de Zé Roberto (que é o mesmo do caso de Chrystian Barletta, que também conseguiu a rescisão com o Ceará na justiça) não quer fazer acordo e vai levar o processo até o final. O valor da ação é de R$2.595.644,81.
De acordo com a defesa do atacante, o Ceará não pagou os salários de outubro e novembro, 13º Salário integral, férias integrais, além do direito de imagem de setembro, outubro, novembro e dezembro, o que dá um total de R$ 576 mil. Conforme o O Povo, na época, o clube fez um acordo para pagar R$340.330,70 líquidos em 10 parcelas de R$34.033,07, mas quitou apenas 6 parcelas.
Zé Roberto foi contrato pelo Ceará em janeiro de 2022 junto ao Atlético/GO. Na época, a equipe cearense comprou 60% dos direitos econômicos que o time goiano possuía do jogador, por R$ 1,2 milhão, e com vínculo válido por 3 temporadas.