O Fortaleza surpreendeu muitas pessoas na primeira partida das semifinais do Campeonato Cearense, disputada na tarde do último domingo (10) na Arena Castelão. O tricolor da capital entrou em campo para a partida contra o Maracanã com uma camisa com desenhos que representavam marcas de sangue, em alusão ao atentado que a delegação da equipe sofreu em Recife.
Os atletas e a comissão técnica do Fortaleza entraram em campo com camisas que trouxeram nas costas o número ‘1,5 centímetro’. O número é representativo, já que segundo médicos que atenderam os jogadores feridos na ocasião, um dos atletas poderia ter perdido a vida depois do ataque criminoso se os objetos atirados no ônibus tivessem o atingido cerca de 1,5cm da região onde ele foi atingido, por se tratar de uma área vital.
Para a partida contra o Maracanã, o Fortaleza vestiu os seus tradicionais uniformes de jogo. A partida terminou empatada em 1×1 e as equipes decidirão quem passa para a grande final do Campeonato Cearense no próximo domingo, 17, a partir das 17h, também no Castelão.
Responsáveis pelo ataque ao ônibus do Fortaleza ainda não foram presos
O episódio ocorreu no fim do último mês, quando o Fortaleza empatou com o Sport pelo placar de 1×1 em jogo válido pela Copa do Nordeste. Depois da partida, o ônibus da delegação da equipe cearense foi surpreendida por torcedores que jogaram pedras e outros objetos, quebrando os vidros do veículo. Seis jogadores tiveram ferimentos.
De lá pra cá, diversas investigações foram realizadas, mas nenhum dos responsáveis pelo crime foi preso ainda. O Fortaleza divulgou na época dos acontecimentos que os atletas Titi, Brítez, João Ricardo, Sasha, Dudu e Escobar precisaram ser encaminhados a um hospital para receber atendimento.
O atacante Thiago Galhardo foi liberado dos treinos da equipe depois do episódio para tratar da saúde mental, que acabou sendo afetada por conta do ocorrido.