Fortaleza se recusa a jogar após terrorismo em jogo contra o Sport

Na madrugada de quarta para quinta-feira, logo após o empate em 1 a 1 contra o Sport, pela quarta rodada da Copa do Nordeste, o ônibus do Fortaleza sofreu uma emboscada por parte de torcedores do time adversário, pouco tempo após deixar a Arena Pernambuco.

Pedras e até uma bomba foram arremessados contra o ônibus do Leão do pici, e seis jogadores ficaram feridos, tendo que ser encaminhados para um hospital em Recife. E o presidente do Fortaleza só quer que o Leão do Pici volte a jogar quando todos os atletas feridos estiverem recuperados.

Presidente do Fortaleza vai formalizar pedido para que o time só volte a jogar quando os atletas feridos se recuperarem

O presidente do Fortaleza, Alex Santiago, classificou o ataque ao ônibus do clube como terrorismo e tentativa de homicídio, e disse que vai formalizar um pedido à CBF para que o time só volte a jogar depois que os atletas feridos se recuperarem. 

“Estamos juntando todas as documentações necessárias, como os relatórios dos atendimentos médicos de Recife, os atestados médicos, além do Boletim de Ocorrência que já foi registrado. Vamos encaminhar à CBF e à Federação Cearense para que possamos formular os pedidos. Tudo será juntado e enviado às entidades responsáveis”, disse Alex Santiago, ao UOL 

Advogado criminalista, Alex Santiago acredita que o ato pode ser enquadrado tanto como tentativa de homicídio quanto como terrorismo: 

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“Sem dúvida nenhuma, houve tentativa de homicídio por cometimento de dolo eventual, que se caracteriza quando alguém utiliza algum tipo de artefato, conscientemente corra o risco de produzir o resultado morte. Utilizar uma pedra e uma bomba caseira contra um grupo de pessoas em um ônibus assume o risco de matar. Ao meu ver, esse ato pode ser enquadrado como terrorismo, de acordo com o artigo segundo da lei 13260, de 2016. São combinações bem severas, e o Fortaleza está bem vigilante acompanhando passo a passo”, disse ele. 

Seis jogadores foram feridos no ataque e levados ao hospital mais próximo: o goleiro João Ricardo, o lateral-esquerdo Gonzalo Escobar, o lateral-direito Dudu, os zagueiros Titi e Brítez, e o volante Lucas Sasha.  

“Estamos todos muito abalados, situação traumática, com consequências físicas e psicológicas, uma barbárie no futebol brasileiro”, pontuou o presidente do Fortaleza.