Na madrugada de quinta-feira (22), o ônibus da delegação do Fortaleza foi atacado por torcedores do Sport, pouco após deixar a Arena de Pernambuco, onde as duas equipes empataram em 1 a 1, pela quarta rodada da Copa do Nordeste.
Uma bomba caseira e várias pedras foram arremessadas contra o ônibus do Leão do Pici, deixando uma cena chocante, com vidros estilhaçados, janelas quebradas e manchas de sangue espalhadas pelos bancos do veículo. Além disso, seis jogadores (Titi, Brítez, João Ricardo, Sasha, Dudu e Gonzalo Escobar) ficaram feridos e tiveram que ser hospitalizados.
Polícia identifica 100 envolvidos em emboscada ao ônibus do fortaleza
5 dias após o atentado, a polícia pernambucana informou que cerca de 100 pessoas participaram do ataque. A polícia continua investigando, diz ter identificado alguns dos autores do crime, mas até agora ninguém foi preso.
O Sport foi proibido pelo tribunal desportivo de ter torcedores nos estádios em jogos organizados pela CBF até o caso ser julgado. Vale destacar que o Sport ainda não anunciou nenhuma medida institucional contra a torcida organizada envolvida no ocorrido.
Marcelo Paz, CEO da SAF do Fortaleza, disse que exames mais detalhados nos seis jogadores feridos mostraram mais de 1.200 lesões, sendo a maioria deles por estilhaços de vidro ou da bomba lançada contra o ônibus.
“No exame feito pelo departamento médico foram detectadas mais de 1.200 lesões corporais nesses jogadores. Eu sei o que eu vivi e o que eu estou vivendo aqui no Pici, no dia a dia, de ver jogador chorando, saber de familiar de jogador que está chorando, funcionário. Essa dor eu não quero com outros times”, disse o CEO do Fortaleza, Marcelo Paz, após treino aberto da equipe, que contou com 3,5 mil torcedores.