Sport agiu na calada para poder reverter decisão do STJD e pede que prisões sejam aplicadas
O Sport apresentou, na última terça-feira (19), um recurso contra a penalidade imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) devido ao ataque sofrido pela delegação do Fortaleza. Inicialmente, o clube solicita a análise de um pedido de efeito suspensivo, que permitiria a realização de jogos com portões abertos até o julgamento do mérito pelo pleno do tribunal. A resposta para este pedido ainda não tem prazo definido.
O recurso do Sport incluiu as recentes prisões efetuadas pela Polícia Civil de Pernambuco de quatro suspeitos do ataque à torcida organizada ao ônibus do Fortaleza, realizadas após o julgamento do clube. Essas prisões podem favorecer o pedido de redução da pena inicial, que consistia em oito jogos com portões fechados como mandante, multa de R$ 80 mil e a proibição de venda de ingressos em jogos como visitante.
Rodrigo Guedes, vice-presidente jurídico do Sport, destacou a importância das prisões no recurso, citando o artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que isenta a entidade de responsabilidade quando há comprovação da identificação e detenção dos autores da desordem, invasão ou lançamento de objetos.
“Foram incluídas as prisões e isso deve contribuir para que o nosso pedido seja atendido, pois é o que está previsto no CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva)”, disse.
O recurso foi encaminhado ao presidente da Segunda Comissão Disciplinar, responsável pelo julgamento e condenação em primeira instância do Sport. Após essa etapa, será enviado ao presidente do pleno do STJD, que designará um relator para o caso. O clube agora aguarda a inclusão do recurso na pauta do pleno do tribunal, sem previsão de quando isso ocorrerá.
Sport cumpre punição até o momento
Até o momento, o Sport já cumpriu uma partida da punição, diante do Murici, pela Copa do Brasil. Nesta quarta-feira, cumprirá a segunda partida, contra o Náutico, pela Copa do Nordeste. O recurso também cita casos recentes de violência no futebol brasileiro em que os clubes mandantes não foram responsabilizados.