Vojvoda relata momento desesperador em ônibus do Fortaleza

Na madrugada de quarta para quinta-feira, após o empate em 1 a 1 contra o Sport, pela Copa do Nordeste, o ônibus do Fortaleza sofreu uma emboscada por parte de torcedores do time adversário, logo após deixar a Arena Pernambuco. 

Pedras e até uma bomba foram arremessados contra o ônibus do Leão do pici, e seis jogadores ficaram feridos, tendo que ser encaminhados para um hospital em Recife. E o técnico Juan Pablo Vojvoda falou um pouco sobre os momentos que viveu dentro do ônibus, no momento em que o ataque ocorria.

Juan Pablo Vojvoda relata momentos de terror vividos dentro do ônibus do Fortaleza em ataque da torcida do Sport

Em entrevista à Placar, o treinador do Fortaleza relembrou os momentos de terror que viveu dentro do ônibus do clube enquanto acontecia o atentado protagonizado por torcedores do Sport: 

“Escutei uma explosão muito forte, aí começaram os gritos. Foi uma pedra com uma bomba, que explodiu dentro do ônibus. A pedra acertou, poderia ter uma vítima fatal. Nesses cinco segundos, eu pensei em vítimas fatais. De verdade”, disse Vojvoda. 

A pedra citada por Vojvoda atingiu a cabeça do lateral Gonzalo Escobar, que sofreu um trauma cranioencefálico e levou 13 pontos. Além dele, outros cinco jogadores (Titi, Brítez, João Ricardo, Lucas Sasha e Dudu) também sofreram ferimentos e precisaram de atendimento médico.

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Para o comandante do Leão, são necessárias “punições muito severas” para que esse tipo de situação seja cortada pela raiz e não volte mais a se repetir. 

“O único jeito de resolver são punições muito severas. Não é por um clube, ou por outro, mas muitas vezes tem que cortar o mal pela raiz. Gosto muito dos mosaicos, gosto muito que continuem jogando com ambas torcidas, mas também há um limite. Você não pode passar de determinados limites”, enfatizou. 

No desembarque da delegação do Fortaleza na capital cearense, na última quinta-feira (22), o capitão e ídolo do clube, Tinga, revelou que o elenco está decidido a não jogar futebol enquanto todos os feridos não estiverem totalmente recuperados. Vojvoda falou sobre o assunto, e disse que o clube não está em “igualdade de condições” para jogar. 

“Perdi seis jogadores por uma coisa que não foi dentro do campo, que foi fora do normal […] O Titi tem um vidro na panturrilha. Bom, para uma pessoa que não joga futebol, você corta, abre, tira e recupera em dois meses. Mas você não pode cortar em uma sala de emergência um jogador profissional para tirar um vidro, porque isso pode comprometer sua carreira. Não estamos em igualdade de condições, estamos em desvantagem”, pontuou Vojvoda.